quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A eme Ó erre


Um toque, um passo, seus braços e abraços.
Teu sorriso leve, contínuo. Entre seus lábios eu vejo seus dentes, às vezes um pouco da língua rosada, um raio de sol que lhe toca os cabelos, um brilho, o calor que penetra pela janela entre aberta...
No som ligado baixinho um som familiar, um toquinho de violão repetido, sua pele, minha pele, lençol branco amassado, você, no espelho.
E eu vindo em sua direção, caminhando lentamente pelos corredores, seguindo o bater das cordas do violão, ritmado as do meu coração. Chego à porta, encosto-me ao batente, te olho, sorrio contigo.
E então, naquele milésimo de segundo eu tenho a imensa certeza.
Que te amo!
Agora sim, sigo em tua direção e me entrego a tua imaginação...
E num intervalo de cinco segundos olhando diretamente para dentro de teu ser, suspiro, e vejo a vida toda passando e eu em você, sentido, completo...
Num momento eterno onde todos os sentimentos somados se encontram, entro numa confusão tão grande, me perco e me encontro nesse mesmo instante, estou em você.
O ritmo aumenta e tudo gira, o toque do violão virou canção, as cortinas agora balançam pelo quarto, enquanto uma brisa suave me toca o corpo.
Me seca.
E o mundo ganha um milhão, de cores, de sinais, de sentidos, de significados, de sons e respiração.
Ofegante, delirante.
Parou.
Em teus olhos me vejo, caído, de lado, jogado, cansado.
A brisa parou de soprar, as cortinas estão imóveis, e você não está mais.
Amor não é sentimento, é conquista, e é meu.

2 comentários:

  1. Muito show como sempre!!!!!
    Parece que não é só em meu coração que há algo de bom...
    Não só meu ser que está emanado algo de especial!!!
    Adorei mesmo!

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  2. Muito Legal seu blog!
    Você escreve muito bem!!!

    Parabéns!

    Abração!

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