quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Minha mente, desmente!

Escrevo da noite quente em São Paulo, Olhos pesados, deitado em minha cama olhando pela janela a paisagem fria e estonteante dessa cidade que nunca para. Aqui vim realizar sonhos, me encontrar. Encontrei o caminho de volta, não, não volto assustado, É justamente o contrario, me sinto preparado. Coração veio oco e medroso, teimando em bater Coração volta cheio e esperançoso, repleto de descobertas e vontades de um novo viver Já fui para todos os cantos mas é justamente em mim que me encontro. Uma vez fuji procurando meu lugar, demorei tempos para entender que meu lugar esta aqui, ali, onde eu estiver. Algumas vidas tem sorte, se preenchem de cara, livres de traumas seguem uma vida reta, determinadas e até mesmo ousam julgar, dizendo que é fácil ser assim. Mas somos bicho homem, esse bicho é complicado. Difícil explicar, complexo... Quem sabe medroso... Sim, talvez medroso, acanhado... destemido, vitorioso. Assim seguiu meu ser, por esse caminho que me trouxe aqui, onde hoje estou, Vida, vida, ó vida!
By André Silva 08jan13 – 23:14

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Quem eu sou de novo?

Refletido ali em minha frente só via o brilho dos meus olhos Fazia questão de focar apenas esse brilho, todo o resto naquele momento não tinha importância para mim Cansado de me julgar, de me achar velho e desinteressante. Cansado de achar que todo mundo olha para mim com pena Cansado de sentir pena de mim e de me fazer de vítima de tudo Sentar em cantos da casa, da cama, da minha mente e chorar rezando suplicando um auxílio que simplesmente eu não consigo perceber quando vem. Totalmente cansado de frases feitas, de ser obrigado a comparar meus problemas com o vizinho para perceber que o meu tem a dimensão de uma azeitona, pois para mim o meu é o maior do mundo, pelo menos naquele momento. E depois me sentir culpado por estar sendo egoísta por pensar em mim. Não quero mendigar amor, não quero migalhas de sentimentos alheios. Quero aprender a me amar, não como um amor a primeira vista, pois acredito que não exista amor a primeira vista e sim paixão a primeira vista. O amor é o que sobra quando essa paixão vai embora, então quero ir devagar, um dia de cada vez, aprender a me amar, me respeitar e exaltar meus valores e qualidades. Por isso me olho no espelho focado apenas em meu olhar, pois meus olhos teimam em correr meu rosto e corpo em busca de defeitos para maximiza-los minimizando quem eu sou. Minha mente cansada de me pregar peça me apresenta novas possibilidades de ser quem eu sou, simples apesar de toda essa complexidade. Fico horas me analisando, minto, fico dias, meses, anos, vidas me analisando, vidas alheias que me julgam por um padrão imposto para nos tornar superficiais e fúteis. Estranho eu me olhar no espelho e conhecendo tudo que conheço de mim ainda assim ter crises de identidade e não gostar do que vejo. Onde minha mente me levou? Que viagem insólita. Parece estar acordando de um sono profundo, pessoas me julgavam por estar fora desse padrão. Eu acreditei, comprei esse modelo e paguei o preço Uma hora agente acorda e devolve o produto. Percebe que o que temos lá dentro é tão valioso que não cabe padrão de julgamento. Somos imperfeitamente perfeitos e só.

terça-feira, 27 de abril de 2010

O Valor das Coisas Simples


Procuro um sorriso sincero, um olhar direto e palavras simples.
Procuro dedicação, respeito, certeza
Procuro um sim ou um não mas nunca um talvez
Do que poderia ter sido e não foi.
Uma história terminada por erros meus pois se fossem meus os acertos a pouca história escrita não teriam palavras.
Procuro quem procura igual
Procuro seu toque no meio da noite, sentir tua mão segurando a minha
Teu corpo colado ao meu
E um, apenas um sonho igual.
Procuro seguir o mesmo caminho
O mesmo destino mesmo estando em pontos diferentes dessa estrada.
Enfim, o que poderia ter sido poderia ter sido mais, poderia ter sido direto.
Jamais quero mudar o jeito de outro alguém, quem vier ao meu lado, esse alguém que eu procurei, venha inteiro, metade de você eu não quero.
Só uma parte não me satisfaz
Quero intensidade, nos gestos, nas palavras e nos sentimentos.
Se assim não for, o que tanto procurei, eu ainda não encontrei.

sábado, 3 de abril de 2010

Sentindo a Lua


Prata no céu, o vento que me invade a alma, um silêncio ensurdecedor de sua voz...
Meu mundo não é azul apenas, não vivo um conto de fadas, o amor que sinto me inspira mais do que a um simples e totalmente complexo eu te amo.
São mais que frases, é mais que fase, é vivo, eterno.
O sangue me percorre cada cm desses intrínsecos caminhos do meu organismo vivo.
Sou intenso e por assim ser te convido para um mundo totalmente diferente.
Cada um tem sua história, sua maneira de encarar a vida, os sonhos, mas respeito tua vontade que me cala, que me faz suar frio, engraçado dizer...
Quando fecho os olhos sim eu penso em você
Pensei daqui a 6 meses e vi você ao lado, um sinal, um caminho, sei lá, não quero explicar, meu momento é só o de deixar a correnteza seguir seu fluxo.
O bom de tudo é não rimar, não existe esse motivo, talvez um dia nossos olhos se cruzem no mesmo brilho que carrego na alma.
Talvez um dia sejamos somente eu e você.
Talvez
Mas enfim, retornei os olhos ao céu, lá estava a lua, brilhando, calma, percebi que não importa o que aconteça, ela sempre estará ali, no mesmo lugar, linda, prateada.
Acalmei meu ser, percebi que nossa história não termina assim, não termina ali e não termina nunca.
A vida é tão complexa, viemos de histórias que de tão diferentes nos tornamos tão iguais.
Iguais, sempre
E concluindo com um dos meus poetas preferidos, tornar o amor real é expulsá-lo de você para que ele possa ser de alguém!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Crescendo

Enquanto eu ouvi o que todo mundo me dizia, bom eu vivia, mas meu mundo não tinha lá tanta graça, tinha sim elogios, pois fazia o que todos julgavam ser certo, assim eu poderia viver e morrer em paz.
Mas, eu não tinha essa intenção, minha ambição era maior, era de alcançar as estrelas com os pés fincados ao chão, será que me entendes?
Hoje me fiz uma pergunta, que possivelmente só será respondida quando eu partir dessa vida, até brinquei disse que havia anotado a tal pergunta num bloquinho para não esquecer, assim que chegar lá será a primeira pergunta a fazer.
Andei do lado direito da rua, só por que me ensinaram assim, mas percebi que toda vez que passava por aquele caminho minha alma me pedia para andar do outro lado, pelo meio, por onde tivesse vontade. Demorei um tempo para perceber ou entender um pouco da minha vida, perceber que a felicidade que eu buscava não encontraria em ninguém, aí veio a fase do choro e chorei, percebendo que o mundo não me entendia, que as pessoas não me viam, não percebia o tamanho do potencial que tinha e chorei, um choro silencioso, contido, seco, duradouro.
Aos poucos fui percebendo que essa tal felicidade habitava outro mundo tão estranho a mim, quanto a tantos outros, era em meu peito, estava dentro de mim, entendi que por mais que as pessoas gostem de nós, ninguém gosta de nós como nós mesmos.
Comecei a fase do riso, resolvi me cuidar, me amar, me olhar no espelho sem criticar, deixar a água descer, fazer o que tinha que fazer, dizer o bom dia tão trivial, de mau jeito como tantos gostam, mas por dentro a felicidade sorria para meu mundo, eterno mundo.
Entendi um mundo completamente diferente, me senti vivo enfim, o que me habita, habita a matéria, anima a alma, sorria de lado, escancarado.
Não sei se me entendes, agora só quero sorrir, não sou palhaço, sou um monstro e esse monstro está vivo, não me importas o que pensa de mim, o que acham, quero o bem estar, sim quero realmente a paz mundial, quero políticos honestos, quero pegar a trilha da minha vida e segui-la, ir adiante, dar o próximo passo.
Quando enfim minha respiração diminuir quero sorrir e quando enfim meus olhos fechar quero acordar em outra vida, completamente feliz e realizado por que nessa por mais que me fizessem chorar eu resisti, entendi que Deus me DEU vida e nela pude aproveitar não para agradar aos outros, mas meu coração.
Isso tudo se chama educação, aprendizado, amor próprio, sendo feliz como sou ensino outros o mesmo caminho, e a todos que me amam vejo o sorriso de satisfação.
Como é bom viver.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Procurei tanto

Não sei o que ganho
Não sei o que perco sendo como sou.
Tanta gente, por tantas vezes, me apontou o dedo em acusação
Frases ditas, você não é nenhum santo
Nunca tive pretensão de ser

É que simplesmente tenho um sonho
Sou romântico e isso me torna estranho
Aos olhos de tantos sou apenas um menino
Aos olhos do mundo não passo de grão de areia
Mas, aos olhos do meu coração sou tão eu.

Então o que tanto buscas, por que essa lágrima grudada em tua face?
Por que busquei o amor em todos os cantos
E o que houve?
Não o encontrei.

Você procura demais
Mas se eu te dissesse que é um dos meus maiores sonhos
Então eu te diria que se é um sonho tão grande assim você deveria se informar melhor
Não entendo
O amor, meu amigo, não se procura, ele acontece
Sempre ouvi isso de tanta gente, mas como ele acontece?
Isso ninguém me explica

O amor acontece quando você esquece a lógica e simplesmente flutua
O amor não se busca no próximo, pois ele é tão nobre que se esconde dentro de cada um
O amor anda conosco todos os dias, da hora de acordar ao se deitar.
O amor é aquilo que você respira
O amor foi o que fez libertar aquela pessoa que tanto amou, pelo simples fato de entender que o amor não prende ninguém, liberta.
O amor é o que vejo em seus olhos,
Em seus lindos olhos castanhos, bem ali, bem agora.

Acho que não adiantaria secar minha lágrima, ela fora substituída por tudo que me disse.
Puro

domingo, 6 de dezembro de 2009

Presente


Talvez eu jamais encontre o caminho que tanto procurei.
Porque a vida foi me levando por caminhos que nem sequer conhecia.
E um dia eu cheguei ao hoje, demorei.
Para chegar aqui hoje eu precisei visitar o ontem, e era nublado lá, estava cinza, encontrei poeira, teias de aranha e promessas.
Vinho derramado, cacos de vidro, janelas abertas, portas fechadas.
Encontrei um pedaço de mim, estava próximo a lareira.
A luz estava fraca e piscava, tornando o ambiente meio escuro.
Acendi a lareira e me joguei ao fogo, aquele pedaço perdido há tanto tempo que percebi que não mais precisava.
Queimei fotografias, recortes, pintei a parede, doei o espelho, espalhei paz, abri portas e mantive escancaradas as janelas, a lâmpada foi trocada, aos poucos me vi de branco e senti paz, o vinho derramado eu removi os cacos, mas a mancha eu mantive, lembrança do que se passou ali.
Acordei o dia estava iluminado, me molhei no chuveiro, deixei a água levar o que sobrou do sonho, não me preocupei em explicações ou interpretações, pois eu estava ali onde enfim demorei a chegar.
Percebi que tudo o que se passou, passou, percebi que o que manda em mim hoje é o hoje, o presente, esse é o nosso momento.
Percebi que não importa quantos dias eu tenha. Quantos anos, meses, quantas rugas, nada disso importam só o que importa é o quanto eu carrego na alma, no coração.
Basta-me ser feliz.
Basta abrir os olhos e te ver ali, ao lado, ainda dormes, levantei em silêncio e no espelho do banheiro ensaio o sorriso com o qual vou te acordar.
Cheiro de café na casa.
Perfume nas roupas.
Taças ao lado da cama.
Enfim.
O presente e só.